segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Buenos Aires

O destino internacional número 1 para os brasileiros

Sessão: Destinos


Tradicional Reduto de La Boca


O destino internacional número 1 para os brasileiros é uma mistura de charme, boa mesa e excelentes opções de compras. Mas Buenos Aires não é só isso.



Livraria El Ateneo

No começo do século 20, a Argentina era um dos países mais ricos do planeta e Buenos Aires o porto pelo qual entravam e saíam produtos que geravam essa imensa riqueza. Junto às antigas docas encontram-se duas das atrações mais importantes da cidade, o hype dos brasileiros Puerto Madero e o bairro de La Boca, com o inconfundível Caminito e o estádio La Bombonera. Uma das consequências mais claras da pujança econômica portenha fica clara em seu perfil urbano monumental, repleto de parques bem planejados, edifícios burgueses em estilo neoclássico e agradáveis ruas arborizadas. A isso ainda foram somados teatros belíssimos, como o Colón, junto à ampla Avenida Nove de Julio, e uma miríade de cafés que traziam reminiscências de Paris, palco de acalorados debates intelectuais.


Museu Malba, expõe obras de Tarsila do Amaral e Frida Kahlo


Outro hábito que mistura gastronomia com excelentes conversas manteve-se em torno das mesas de seus restaurantes, sejam em casas que servem a clássica parrillada - o variado churrasco local, opções de pasta que não se encontram fora da Itália, empanadas divinas ou um dos mais cremosos sorvetes que você terá a benção de experimentar. Tamanha variedade também encontra-se  nas opções de compras. Em Palermo estão ateliers com objetos de design arrebatador, em grandes centros, como as Galerias Pacífico, você encontra as grandes marcas e em livrarias como a espetacular El Ateneo Grand Splendid você terá o melhor da literatura ibero-americana. Tudo a preços provocadoramente atraentes.

Puente de La Mujer - apenas para pedestres, projetada por Santiago Calatrava, inspirado no casal dançando Tango


Mas não é só isso. Buenos Aires é fácil de ser explorada a pé ou com táxi. Aproveite para se perder por suas ruas e deparar-se ora com praças com lindos gramados ora com edifícios históricos como a Casa Rosada e a Catedral metropolitana. Estarão lá também lojinhas simpáticas em San Telmo, ricos museus como o MALBA ou cemitérios como o da Recoleta, onde repousa Evita. E, sem deixar de lado a paixão que nos une, não deixe de ir ao derby River-Boca e compreender o que é paixão desmedida.


Casa Rosada


EXPERIÊNCIAS ESSENCIAIS
- Uma caminhada despreocupada por Puerto Madero.
- Comer uma empanada do El Sanjuanino.
- Se perder nas prateleiras do El Ateneo Grand Splendid.
- Tomar um café com torta e doce de leite em Palermo.
- Comer as excelente carnes das casas especializadas da cidade. Acompanhado de um Malbec, é claro.
- O River que nos desculpe, mas é essencial assistir a uma partida do Boca Juniors no La Bombonera.

COMO CHEGAR
Aéreo – Há voos diretos do Brasil pela Gol (www.voegol.com.br), TAM (www.tam.com.br), Aerolineas Argentinas (www.aerolineas.com) e LAN (www.lan.com) a partir de São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Porto Alegre e Salvador. A maioria dos aviões que saem do Brasil pousa no Aeroporto Internacional de Ezeiza, a cerca de 45 minutos do centro de Buenos Aires. Ali há táxis (AR$ 198 a corrida para o Centro, com bagagem incluída), micro-ônibus (AR$ 70) e ônibus (AR$ 2) -- a linha 8 vai para o Centro, mas é demorada e funciona somente até as 23 horas. Os voos domésticos argentinos (para Bariloche, por exemplo) e boa parte das aeronaves da Aerolineas Argentinas que partem do Brasil, pousam no Aeroparque Jorge Newberry, a apenas 15 minutos do centro -- os táxis cobram, em média, AR$ 50 pelo trajeto. A TAM e a Gol também estão autorizadas a operar voos regulares para o Aeroparque. A taxa de uso aeroportuário (US$ 33, em março de 2012), antes paga separadamente no embarque da volta, agora está incluída no preço da passagem.
Quanto à bagagem, Gol e TAM aceitam até 23 kg na classe econômica, enquanto a Aerolineas Argentinas a limita a 20 kg – as três permitem até 5 kg na bagagem de mão. A chilena LAN, que também permite o embarque de até 23 kg no bagageiro, é mais liberal com as malas de mão – permite que o viajante porte até 8 kg.
Rodoviário (carro) – Há inúmeros – e longos – caminhos para quem pretende chegar à capital argentina. Partindo de São Paulo, por exemplo, é possível seguir para Paraná pela BR-369, passando por Londrina e Maringa até a chegar a Foz do Iguaçu. Próximo às três fronteiras (Brasil, Argentina e Paraguai), atravesse para a terra de Maradona e contineu pela Rota 12, e, depois, pela 14 até Buenos Aires – o trajeto totaliza 2350 km. Outra opção: vá pela BR-116 até Pelotas (RS), pegue a BR-471 em direção a Chuí (cidade na fronteira com o Uruguai) e siga até Montevidéu. Lá, vá ao porto e tome uma balsa até Buenos Aires (três horas de viagem, a partir de AR$ 401) ou continue pelos 180 km de estrada até Colonia del Sacramento para pegar uma balsa rápida (uma hora, a partir de AR$ 345) ou lenta (três horas, a partir de AR$ 151) -- quem opera as confortáveis embarcações é a empresa Buquebus (4316-6500, www.busquebus.com). Dica: o site argentino www.ruta0.com traça rotas e calcula pedágios, tempo de viagem e gastos com combustível pelas estradas argentinas.
Sobre as leis de trânsito – Para dirigir na Argentina, basta apresentar a habilitação brasileira. O documento do veículo deve estar em nome do condutor ou de um dos viajantes – caso contrário, é preciso ter uma autorização do proprietário com firma reconhecida em cartório. Também é obrigatório ter a Carta Verde (seguro para quem transita pelo Mercosul), comprada no Banco do Brasil, no HSBC ou nas seguradoras. Além dos acessórios de praxe, equipe seu porta-malas com cabo de aço para reboque, kit de primeiros socorros e um triângulo de sinalização extra.
Rodoviário (ônibus) – O trajeto desde o Terminal Rodoviário Tietê, em São Paulo, com paradas em cidades do sul do país, dura cerca de 36 horas. Feita em ônibus executivo, a viagem é longa, cansativa e não exatamente barata. O bilhete só de ida custa R$ 319 na Pluma (www.pluma.com.br, 0800-646-0300) e R$ 336 na Crucero del Norte (www.crucerodelnorte.com.ar, 2089-0568). O destino final é o Terminal de Ómnibus de Retiro (Avenida Antártida Argentina, esquina com Calle 10, Retiro, 4310-0700,www.tebasa.com.ar), a principal rodoviária de Buenos Aires.
Navio – Muitos navios que vêm à América do Sul no verão param na capital argentina. Para a temporada 2012/2013, alguns pacotes da Costa Cruzeiros (www.costacruzeiros.com.br), MSC (www.msccruzeiros.com.br), Royal Caribbean (www.royalcaribbean.com.br) e CVC (www.cvc.com.br) oferecem itinerários que partem do Brasil e incluem a cidade. Os cruzeiros são uma ótima forma de chegar à cidade ou sair dela -- caso você planeje fazer muitas compras, boa notícia: o limite de bagagem é maior que no avião (que pode chegar a 90 kg). A Estação Portuária  (Avenida Argentina, 821, Puerto Madero, 4316-6500) tem 7 mil metros quadrados e um centro com lojas e bares -- só a sala de pré-embarque acomoda mil passageiros.
COMO CIRCULAR
Buenos Aires é uma cidade planejada, com quase todos os quarteirões planos e simétricos. O Rio da Prata, a leste, e o Riachuelo, ao sul, são os limites naturais da cidade. No Centro, use o Obelisco e a Avenida 9 de Julio como referências. O resto do perímetro está rodeado pela Avenida General Paz, que tangencia a capital de norte a oeste, e pela Avenida Rivadavia, outro grande corredor, que corta a cidade no sentido leste-oeste.
Uma das melhores formas de explorar a cidade é a pé. O Centro reúne várias atrações em uma área relativamente pequena e plana e, em Puerto Madero, não há outra forma de conhecer o calçadão senão a pé. Na Recoleta e em Palermo a caminhada também é agradável. Em La Boca, porém, basta se distanciar um pouco dos pontos turísticos para as ruas ficarem desertas e o risco de assaltos aumentar muito.
Quando optar pelo transporte público considere o SUBE. Ele é um cartão recarregável para pagar as passagens, utilizando um sistema similar ao Bilhete Único paulistano, mas sem conceder descontos. O SUBE supre a necessidade de carregar moedas e notas pequenas para comprar bilhetes em ônibus, metrô e trem. O cartão pode ser comprado por AR$ 10 em postos autorizados, após o preenchimento de um formulário. 
Táxi – É um dos melhores meios de locomoção por aqui -- a frota é enorme, com quase 40 mil veículos. Identificados pelas cores preta e amarela, têm uma tarifa composta da bandeirada inicial (AR$ 7,30 das 6 às 22 horas, AR$ 8,70 das 22 às 6) e de um adicional de distância e tempo (AR$ 3,65 para cada quilômetro rodado ou cinco minutos parado das 6h/22h, AR$ 4,35 das 22h/6h). Prefira os táxis de frota, que podem ser chamados por telefone ou identificados nas ruas pelo nome da empresa pintado na lataria. Esses veículos trabalham com um preço mínimo de corrida (AR$ 12), mas, com eles, o risco de cair em golpes é bem menor. Algumas empresas de radio-táxi: City TAx (4585-5544), Radio Taxi Blue (4777-8888) e Taxi Premium (4374-6666).
Remis – Os remises são táxis especiais que cobram um preço fixo para levar os passageiros a um destino determinado, como o aeroporto, por exemplo. É bom calcular previamente quanto sairia o mesmo itinerário em táxi comum, pois, às vezes, o preço fechado da corrida não vale a pena. Além disso, algumas agências não trabalham com veículos em bom estado de conservação. Peça indicação nos hotéis.
Metrô – O subte (de subterráneo) tem seis linhas, que interligam as principais avenidas, atrações, estações de trem e ônibus da cidade. É um boa alternativa para escapar do trânsito na hora do rush (das 17 às 19h30) – mas, claro, nesse período ele também fica lotado. A passagem custa AR$ 2,50 e serve, inclusive, para realizar viagens com baldeação (combinación) entre as linhas. O serviço funciona de segunda a sábado das 5h às 22h30 e aos domingos das 8 às 22 horas. Se passar pela Linha-A, construída em 1913, repare nos antigos vagões de madeira, conhecidos como La Brugeoise. Informações em www.metrovias.com.ar.
Ônibus – Mais de 180 linhas de micro (também chamado de colectivo) servem a Grande Buenos Aires, e a maioria funciona de madrugada. A tarifa varia segundo a distância percorrida -- trajetos dentro da cidade geralmente custam entre AR$ 1,10 e AR$ 1,25. As passagens devem ser pagas apenas com moedas -- você informao destino ao motorista e ele programa uma máquina para receber o valor equivalente. O Guía T (AR$ 8), vendido em bancas, e o site www.xcolectivo.com.ar trazem itinerários de ônibus.
Trem – É o meio mais econômico para chegar às áreas mais afastadas -- é possível ir até a cidade de Tigre, por exemplo. A tarifa muda de acordo com o trajeto. Várias empresas administram as linhas, que, geralmente, conectam-se com o metrô ou estações terminais. As principais são Retiro (www.ferrovias.com.ar), Constituición (www.ugofe.com.ar), Once (www.tbanet.com.ar) e Federico Lacroze (www.metrovias.com.ar).
ONDE FICAR
A rede hoteleira local abarca centenas de endereços, de hotéis de luxo a albergues descolados. Na hora de decidir onde ficar, o primeiro passo é escolher a localização: no Centro, você está perto das principais lojas de roupas e acessórios, mas a maioria das hospedagens sofre com a falta de atualização dos ambientes; a Recoleta concentra as lojas de grife e os hotéis mais luxuosos; e San Telmo ganhou fama pelos albergues. Depois, vale conhecer dois conceitos muito utilizados na capital argentina: os hotéis-design ou de diseño, exibem decoração contemporânea e um serviço mais atencioso; os hotés-butique geralmente ficam casarões históricos nas ruas de Palermo Soho e Hollywood, têm móveis charmosos, serviço personalizado e não mais que 40 quartos. Por fim, verifique se na sua diária já está incluído um imposto chamado IVA -- ele incide em 21% sobre o valor da tarifa.
ONDE COMER
Comer uma parrilla é parte fundamental da visita à cidade. Você dificilmente vai provar uma carne como a servida na Argentina, muitas vezes com um custo-benefício inacreditável (mesmo considerando a alta inflação que atingiu o país nos últimos anos). Nas casas especializadas, é comum ver brasileiros se fartando – e harmonizando a refeição com vinhos de ótimo preço. Mas nem só de parrilla vive a capital, que também brilha em outros tipos de cozinha. Espanha e França, curiosamente, estão mais bem representados que Itália, berço da maior colônia de imigrantes do lugar (em compensação, é italiana a receita do ótimo sorvete, feito com leite de gado europeu). Outra influência gastronômica é a andina – prova disso são os bons restaurantes peruanos. E nas casas de comida contemporânea, você confere o trabalho de chefs pra lá de inventivos.
Entre os quitutes locais, dois não podem ficar de fora de sua viagem. O doce de leite, que pode vir in natura ou dentro de alfajores, e as empanadas, que substituem de forma rápida e econômica uma refeição. Palermo Soho, radar das novidades, tem ambientes descolados. A Recoleta, com seus hotéis de luxo, é destino para quem quer sofisticação. E as varandas de Puerto Madero, onde o português parece ser o idioma oficial, têm as melhores vistas entre os restaurantes portenhos.


2 comentários :

  1. Bruninha eu esti em BA e vou recomendar o temaiken, é um biopparque que fica perto de BA, é ideal para levar a criançada !
    vale a visita

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