segunda-feira, 2 de junho de 2014

Malária: Medicamento pode reduzir tratamento para uma dose

Doença Típica de Países Tropicais

Sessão: News




Um novo tratamento pode revolucionar a luta contra a malária. Só no ano passado a doença fez mais de 200 milhões de vítimas em todo o mundo e matou mais de 600 mil pessoas.
A malária é transmitida principalmente pelo mosquito anopheles. Ainda não existe uma vacina. A melhor forma de evitar a doença é o uso de mosquiteiros, porque o anopheles costuma atacar quando anoitece.
O grande desafio no tratamento da malária é justamente a duração, que varia de sete a catorze dias. Quando ele é interrompido, a doença acaba voltando ainda mais forte.
Há dez anos, pesquisadores iniciaram em Manaus um estudo internacional sobre a tafenoquina, um medicamento que pode reduzir o tratamento da malária para apenas uma dose. “Tratar uma doença com um medicamento, com um comprimido, durante um dia só, é um avanço imenso”, explica a diretora da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas Graça Alecrim.
Cem pacientes vão receber o medicamento e ficar internados durante três dias. Depois eles serão acompanhados por seis meses. Os pesquisadores acreditam que um tratamento mais eficiente deve dificultar a transmissão da malária porque o mosquito só passa a doença depois de picar uma pessoa infectada.
“Isso diminui substancialmente o número de casos, menos infecção de mosquitos, portanto é uma ferramenta muito importante pra gente de fato tentar controlar essa doença na Amazônia brasileira”, completa o pesquisador Marcos Lacerda.
O estudo da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas deve ser concluído no ano que vem. Se for comprovada a eficácia da tafenoquina o novo tratamento estará disponível para os pacientes até 2017.
No Brasil, 90% dos casos de malária acontecem na Amazônia. Lá, qualquer médico reconhece os sintomas, na hora. Mas no resto do Brasil, o risco de uma pessoa contaminada morrer de malária é vinte vezes maior.
É que muitos profissionais de saúde confundem a doença com dengue, ou virose. Por isso, para facilitar o diagnóstico, quem voltar da Amazônia com febre alta, tremores e dor no corpo,  precisa contar ao médico que esteve recentemente na região.

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